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Folha Press

Impulsionado pelo fim das restrições da pandemia, o mercado de trabalho brasileiro sinalizou retomada em 2022, com redução do desemprego e recorde na população ocupada.

A abertura de vagas, contudo, perdeu fôlego na reta final do ano, em um cenário de desaceleração da atividade econômica. É o que apontam analistas a partir dos dados divulgados nesta terça-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Conforme o órgão, a taxa de desemprego caiu para 9,3% na média anual em 2022. Trata-se do menor nível em sete anos, ou desde 2015 (8,6%). À época, a economia nacional mergulhava em recessão.

O desemprego estava em 13,2% em 2021, após marcar 13,8% em 2020, o maior patamar da série histórica iniciada em 2012.

Apesar da melhora no ano passado, a taxa de 9,3% ainda ficou 2,4 pontos percentuais acima da mínima histórica (6,9%), registrada em 2014. Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

“O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação”, afirmou a pesquisadora Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Na média de 2022, o número de desempregados foi estimado em 10 milhões. O patamar é o menor desde 2015 (8,7 milhões). Representa uma queda de 3,9 milhões frente a 2021 (13,9 milhões).

A população desempregada, conforme as estatísticas oficiais, inclui pessoas de 14 anos ou mais que estão sem trabalho e que seguem à procura de novas vagas. Quem não está buscando oportunidades, mesmo sem ter um emprego, não entra nesse grupo.

A Pnad retrata tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal. Ou seja, abrange desde os empregos com carteira assinada e CNPJ até os populares bicos.

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