Há sentimentos que soam bonitos quando pronunciados, mas só revelam sua verdade quando se transformam em gesto. O amor é exatamente assim: precisa sair da boca e ganhar caminho no coração, nas mãos, nos passos e nas escolhas. Amar não é discurso — é prática diária. É decisão.
No ritmo acelerado dos dias, muitos dizem “eu me importo”, mas poucos estão dispostos ao investimento real que o amor exige. E não falamos apenas de recursos financeiros, embora eles também sejam importantes. Falamos do gasto emocional, da entrega de tempo, da sensibilidade de olhar para o outro e perceber quando algo não vai bem. Amar custa energia, exige presença, requer coragem para se aproximar, escutar e sustentar alguém quando ele já não consegue sustentar a si mesmo.
O amor em ação é esse movimento silencioso que antecipa dores, que sente sinais, que entende que às vezes um simples “como você está de verdade?” pode ser a mão que impede alguém de cair no abismo. É reconhecer que, em tempos de tantas pressões e solidões mascaradas, estar atento às sombras do outro é um ato de cuidado que salva. O autoextermínio, muitas vezes, é um grito abafado que poderia ter sido ouvido se houvesse mais escuta, mais percepção, mais amor ativo.
Por isso, amar é olhar nos olhos, notar mudanças de comportamento, oferecer afeto sem esperar retorno. É estar presente antes que o outro peça. É acolher sem julgamento. É ter a humildade de abrir espaço para que alguém desabafe, chore, se permita ser frágil. É assumir o compromisso de enxergar além da superfície.
O amor em ação é a obra mais bonita que podemos construir na vida. Ele transforma lares, fortalece amizades, acalma corações e, muitas vezes, impede tragédias silenciosas. Que cada um de nós aprenda a amar com intensidade, com responsabilidade e com sensibilidade — porque, no fim das contas, são os gestos que revelam o que as palavras não conseguem sustentar.
Que sejamos presença. Que sejamos escuta. Que sejamos ponte.
Que sejamos amor em ação.
Alan Ribeiro – Seu Melhor Amigo
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