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Paciente de 14 anos foi a primeira no estado a passar por uma remodelação óssea. Cirurgia foi realizada pela médica Vera Lucia Nocchi Cardim, referência nacional e internacional em cirurgia craniofacial

Unidade de saúde do Governo de Goiás, o Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) concluiu, no último sábado (22/11), a segunda fase de uma cirurgia craniofacial em uma adolescente de 14 anos, moradora de Goianésia. A intervenção marcou um feito inédito na rede pública de saúde do Estado. A paciente Beatriz Vitória Silva foi a primeira usuária goiana do Sistema Único de Saúde (SUS) a passar por uma remodelação óssea craniana. Ela recebeu alta no domingo (23/11), dia seguinte ao procedimento.

O tratamento de alta complexidade foi adotado para corrigir deformidades decorrentes de craniossinostose, condição caracterizada pelo fechamento precoce das suturas cranianas. Na primeira etapa da cirurgia, realizada em maio deste ano, foram necessárias osteotomias dinâmicas para o reposicionamento dos ossos, em razão do avançado desenvolvimento craniano da adolescente.

Na nova intervenção, a equipe realizou a retirada das placas modeladoras implantadas na fase inicial do procedimento. A remoção é fundamental para garantir a consolidação da estrutura craniofacial e os resultados funcionais e estéticos esperados.

A cirurgia foi conduzida pela médica Vera Lucia Nocchi Cardim, referência nacional e internacional em cirurgia craniofacial, com mais de 30 capítulos de livros publicados e atuação em entidades internacionais da área. Assim como na primeira etapa, a especialista aplicou técnicas avançadas, ainda pouco utilizadas em pacientes adolescentes na rede pública.

Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do HGG, Sérgio Augusto da Conceição destacou a complexidade do caso e o impacto positivo do resultado. “Esta segunda cirurgia representa o fechamento de um processo complexo e pioneiro. A retirada das placas é uma etapa importante para garantir estabilidade, segurança e os resultados finais do tratamento”, afirmou. Para fins de aprendizado e capacitação, a cirurgia foi transmitida ao vivo para os médicos residentes e equipe da Cirurgia Plástica do hospital.

A mãe da paciente, Roseane Silva, celebrou a recuperação da filha. “Ver minha filha chegando até aqui é uma vitória. A primeira cirurgia já mudou muito a vida dela. Agora, com essa segunda fase, temos esperança de que ela possa seguir com mais saúde e autoestima”, declarou.

Referência em cirurgia plástica reconstrutiva
Destaque em cirurgias plásticas pelo SUS, o HGG é responsável por procedimentos em pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica, para remoção do excesso de pele, e em pacientes do Serviço Transexualizador, para retirada das mamas para homens trans ou colocação de próteses mamárias para mulheres trans, vítimas de grandes traumas, portadores de xeroderma pigmentoso, portadores de Síndrome de Fournier e microcirurgias. Além disso, o Serviço de Cirurgia Plástica do HGG é reconhecido pelo papel social que desenvolve junto à comunidade. O hospital oferta, por exemplo, cirurgias plásticas para pessoas que sofreram violência doméstica.

Além de ofertar um serviço de qualidade aos usuários do SUS, o HGG também é destaque na Residência Médica em Cirurgia Plástica. Desde 2000, quando o hospital passou a ofertar esta residência, foram mais de 30 médicos formados nesta especialidade. Atualmente, cinco médicos realizam a Residência em Cirurgia Plástica no HGG, dois deles concluem a especialização este ano.

Foto: HGG

Secretaria de Saúde – Governo de Goiás

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