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Governador homenagem hoje o ex-prefeito Maggi to Vilela se prepara para reuniões com deputados e o presidente Lula. Aliados afirmam que Ronaldo Caiado vai aprimorar equipe, com o mix entre técnicos indicações políticas que sigam cartilha de administração sem escândalos; ao seu lado, Daniel Vilela, O vice altivo e leal.

Welliton Carlos*

Ronaldo participa nesta terça-feira, às 17h, do ato em memória do ex-governador Maguito Vilela. Além da celebração em uma solenidade para o ex-prefeito, a Prefeitura de Aparecida vai inaugurar um busto em homenagem ao líder emedebista. Maguito completaria hoje 74 anos, mas foi uma das vítimas da covid-19 durante a pandemia. O evento é administrativo e solene, mas também político, uma vez que sinaliza a união cada vez mais forte entre Ronaldo e Daniel Vilela (MDB), vice-governador eleito ao lado do líder do União Brasil. Filho de Maguito, Daniel representa a continuidade de uma era de ouro do MDB, que teve grandes lideranças estaduais como seu pai, Henrique Santillo (que depois abandonou o grupo) e o ex-governador Iris Rezende. Apesar das ações de urgência por conta da defesa da democracia frente a tentativa de golpe, ocorrida em 8 de janeiro, Caiado procurou seguir as recomendações médicas de repouso após realizar cirurgia no coração. Até aqui foi comedido com os atos e movimentos. Mas já tem uma agenda política mais solta pela frente, como jantar com os deputados eleitos e os que terminam agora o mandato. Dia 27 deve estar na reunião com o presidente Lula.

deslanchar o segundo mandato e, ao mesmo tempo, contem- plar grupos políticos que apoia- ram sua reeleição – e, com isso, manter em ‘legatto’ as disputas da eterna política. A afobação para as eleições municipais já se aproxima e prefeitos estão sequiosos por diálogo com gestor.Ao contrário do que parte da imprensa tenta fazer crer, todavia, não existe pressão das legendas por espaço: a maioria já está no governo. Em recente entrevista ao DM, por exemplo,

Acomodacão

Nos bastidores, afirma-se que o Governador voltará agora a realizar as articulações para deslanchar o segundo mandato e, ao mesmo tempo, contemplar grupos políticos que apoiaram sua reeleição – e, com isso, manter em ‘legatto‘ as disputas da eterna política. A afobação para as eleições municipais já se aproxima e prefeitos estão sequiosos por diálogo com gestor.

Ao contrário do que parte da imprensa tenta fazer crer, todavia, não existe pressão das legendas por espaço: a maioria já está no governo. Em recente entrevista ao DM, por exemplo, o presidente do PSD, ex-deputado federal Vilmar Rocha, foi claro em demonstrar ciência de que “desta vez” fez parte do projeto inicial da campanha e que o PSD “poderá” participar da equipe. Mas acrescenta que é preciso diálogo com o governador. Exceção, já que ainda não está contemplado, o PSD não demonstra esta sede de poder.

Mais técnico

a maioria dos integrantes do governo já entendeu mais técnico do que político. Quatro anos foram suficientes para isso: o modelo funcionou, uma vez que não ocorreu nenhum escândalo de corrupção ou gestão disruptiva. Caiado instituiu pela primeira vez, de fato, algo que se aproxima da burocracia weberiana, cujo princípio exemplar é a dominação legítima e racional. O controle de perto da área política tem como função exatamente impedir que cresçam canais de desonestidades na administração pública.

isso é quase certeza que o Caiado 2.0 tende a ser mais técnico, apesar da manutenção de quadros políticos inteligentes dentro dos técnicos. Um dos exemplos é o presidente da GoiásFomento, ex-prefeito Eurípedes do Carmo, líder do PSC, cuja formação profissional de bancário torna o ambiente a que administra (financiamento público) mais técnico. Ou ao novo dirigente da Goinfra, Lucas Vissoto – engenheiro civil de carreira, servidor do Dnit e doutor em Geotecnia pela UnB. É, diga-se de passagem, de Caiado a equipe mais técnica na história da gestão pública estadual, com quadros de mestres e doutores. Apesar da técnica, contudo, existe espaço para a política, que é a prática que realiza as sociabilidades nas esferas públicas, convencimentos de grupos sociais e acordos para sustentar os poderes na base do voto.

O governador deve contemplar ou manter partidos como o Solidariedade, que já ocupa espaços dentro do governo – caso da Secretaria de Esportes. E, claro, o MDB, cuja missão é fortalecer o discurso e práticas da era Caiado, que teve como missão até aqui enfrentar duas décadas de prática extrema de corrupção em Goiás. Antagonistas dessa era governada sob denúncias e escândalos, Caiado e Daniel terão um exército de defesa nos a próximos anos, cuja batalha é desbastar, de vez, por meio de documentos e práticas, grupos a que sonham com o retorno de mamatas e imoralidades.

Welliton Carlos* – Jornalista, jurista, professor, articulista político Editor do Jornal do Diário da Manhã e colaborador sênior do Portal do Alan

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