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A estudante Jéssica Vitória Canedo, de 22 anos, terminou envolvida em uma armação de prints falsos. Sites de fofocas inventaram um início de romance com o humorista Whindersson Nunes, que detém um exército de sessenta milhões de seguidores somente no Instagram.
A menina não suportou os ataques, que tornaram insustentável a sua rotina com a família e colegas do ensino médio, e tirou a sua própria vida como única forma de sair do acossamento, de calar as vozes asfixiantes e intimidadoras.
Chamada de tudo para baixo, experimentou a misoginia escandalosa que sofrem as mulheres em nosso país quando o assunto é contato com celebridades masculinas.
Veio à tona, como se fosse real, um fictício bate-papo entre a estudante e o comediante.
Jéssica falou que não era verdade, suplicou que os sites a deixassem em paz, solicitou que a mãe gravasse um vídeo em sua defesa: “Mamãe, peça a eles que parem! Não estou aguentando, faça alguma coisa”.
Minutos se transformaram em horas, horas se transformaram em dias de um desespero mudo e catatônico, a partir de fake news, que divulgavam um caso com quem ela sequer conhecia. Ela só dizia: “não sei que trem é esse!”.
Mas não havia como se defender na pacata Araguari (MG) de uma farsa em escala nacional. O trem passou por cima de sua família, de sua fragilidade.
A difamação fulminante destruiu uma existência inocente. Ela sequer usava redes sociais, ou WhatsApp, comunicava-se unicamente por telefone.
A caça por likes ultrapassou a ética, escancarou a impunidade na prática da informação e revelou o quanto não existe cuidado com a saúde emocional das pessoas.
Se alguém já se encontra em depressão, com tratamento psiquiátrico, como Jéssica, uma invasão de privacidade é um empurrão para a tragédia.
Haters entraram em sua casa, saquearam sua delicadeza e sua esperança, torturaram seus afetos e mentiram a seu respeito.
É um latrocínio moral.
Primeiro, publica-se, para depois confirmar os fatos. Primeiro, mata-se publicamente, para depois verificar quem era a vítima.

Opinião do Portal do Alan: O Tribunal da internet e de suas redes (anti) sociais continua fazendo vítimas, até quando pessoas inescrupulosas se esconderam atrás de um teclado para provocarem uma situação extremamente desagradável na vida das pessoas, tenhamos temor a Deus, respeito pelo próximo e resiliência sempre, o que não queremos para nós, não façamos para o outro, agora a vítima é essa jovem, amanhã poderá ser um de nós ou alguém próximo a nós, CHEGA DE MENTIRAS, DE OFENSAS, DE MAL CARATISMO, QUE CADA UM VIVA A SUA VIDA E DEIXE AS DEMAIS PESSOAS VIVEREM AS DELAS.

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