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Vale a pena ter relacionamentos nestes tempos? Em um mundo onde muitos aprenderam a olhar apenas para si, onde o outro, por vezes, é tratado como um acessório às vezes descartável, essa pergunta ecoa no coração de quem ainda acredita no valor do encontro humano.

Vivemos dias marcados pelo imediatismo, pelo ego inflado e por relações frágeis, construídas mais sobre conveniência do que sobre compromisso. Há quem se aproxime enquanto é útil e se afaste quando o relacionamento exige renúncia, paciência ou responsabilidade. Pessoas egoístas, descompromissadas, que confundem liberdade com indiferença e amor com interesse próprio.

Mas, apesar de tudo isso, relacionar-se ainda vale a pena. Vale porque o ser humano não foi feito para caminhar sozinho. Somos seres de vínculo, de troca, de cuidado. É no relacionamento verdadeiro que aprendemos a ouvir, a respeitar limites, a crescer e a amadurecer. Relações saudáveis nos ensinam que amar não é usar, mas servir; não é possuir, mas caminhar junto.

É claro que nem todo relacionamento será duradouro, e nem toda pessoa estará disposta a viver com profundidade. Ainda assim, fechar o coração por medo da superficialidade é permitir que o egoísmo vença duas vezes. Relacionamentos exigem entrega, diálogo, empatia e, acima de tudo, compromisso — algo cada vez mais raro, mas extremamente necessário.

Talvez o grande desafio destes tempos seja justamente este: ser diferente. Ser alguém que escolhe cuidar, permanecer, construir, mesmo quando o mundo incentiva o descarte. Relacionar-se vale a pena quando entendemos que o outro não é um meio, mas um fim; não é um objeto, mas uma pessoa com história, sentimentos e dignidade.

Que sejamos pontes, e não muros. Que, mesmo em tempos difíceis, escolhamos relações verdadeiras, humanas e comprometidas. Porque, no fim das contas, são os relacionamentos sinceros que dão sentido à vida.

Simples como a flor,
Alan Ribeiro – Seu Melhor Amigo

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