Há uma força silenciosa que acompanha cada palavra que pronunciamos. Muitas vezes, sem perceber, construímos ou destruímos, levantamos ou derrubamos, curamos ou ferimos — tudo isso apenas pelo modo como usamos a nossa língua. As palavras têm poder, e ignorar essa verdade é correr o risco de machucar quem amamos e de ferir até a nós mesmos.
A Bíblia nos lembra que “a vida e a morte estão no poder da língua”. Não é exagero: uma frase dita no momento certo pode acalmar um coração ansioso, reacender a esperança de alguém que já estava cansado, ou iluminar o dia de quem vive na escuridão das preocupações. Mas uma palavra precipitada, agressiva ou impensada pode abrir feridas que demoram anos para cicatrizar.
Por isso, é preciso vigilância. É preciso sabedoria. É preciso amor.
Fale com gentileza, mesmo quando estiver irritado. Escolha a calma, mesmo quando o impulso quiser gritar. Prefira o silêncio, quando o silêncio for mais sábio do que uma resposta rápida. E quando falar, fale para edificar, para incentivar, para aproximar — nunca para afastar.
Palavras são sementes: as que plantamos hoje, colheremos amanhã. Que possamos semear bondade, verdade e respeito. Que cada frase nossa seja instrumento de paz, e não de conflito. Que nossa boca seja fonte de vida, e não de dor.
