Ação imediata das polícias Civil e Militar acontece após “homenagem” a membros do Comando Vermelho que foram mortos em operação no Rio de Janeiro
As forças de segurança do Estado de Goiás prenderam 32 pessoas por ligação ao foguetório realizado em cidades goianas na noite desta terça-feira (4/11). O ato simultâneo foi uma “homenagem” a integrantes da facção Comando Vermelho (CV) mortos em uma operação policial no Rio de Janeiro no dia 28 de outubro, que resultou na morte de foragidos goianos ligados à facção. Os detalhes foram apresentados pelo titular da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), Renato Brum, nesta quarta-feira (5/11), em coletiva de imprensa.
O secretário explicou que o setor de inteligência da SSP trabalhou ativamente desde os primeiros indícios de realização do foguetório, em conjunto com as unidades de campo das polícias Civil e Militar, para garantir a segurança em Goiás. “Estamos reunidos desde quando foi detectado os primeiros fogos de artifício e fomos a campo com todas as forças de segurança, realizando as primeiras prisões durante a madrugada”, explicou.
O titular da SSP ressaltou ainda que a maioria dos presos trata-se de simpatizantes do comando vermelho que “aproveitaram para aparecer nas redes sociais”. “Muitos estão ligados a torcidas organizadas, não são ligados à facção e tentaram mandar um recado aqui em Goiás. Mas nós não aceitamos esse tipo de recado e estamos em atuando com nossas unidades operacionais nas ruas. Estamos preparados, não vamos aceitar desorganização e a resposta vai ser dura contra esses elementos”, assegurou Renato Brum.
Ao detalhar que a operação se estendeu por diferentes municípios, sendo 14 prisões registradas em Goiânia, seis em Abadia de Goiás, nove em Aparecida de Goiânia e três em Rio Verde, o secretário Renato Brum tranquilizou a população. “Em Goiás não tem um palmo de terra onde as forças de segurança não entrem. As lideranças do Comando Vermelho estão isoladas em regime especial no presídio de Planaltina de Goiás e as nossas forças de segurança pública estão aqui para garantir a ordem e toda tranquilidade que a sociedade goiana tanto merece”, completou.
O comandante-geral da Polícia Militar de Goiás (PMGO), Coronel Marcelo Granja, reforçou que a instituição continua atenta. “Vamos continuar em campo trabalhando em prol da segurança da comunidade. Nosso serviço de inteligência está em campo monitorando e daremos a resposta necessária por parte da Polícia Militar. Ninguém vai subir o nível no Estado de Goiás”, assegurou.
Tipificação penal
O Delegado-Geral da Polícia Civil de Goiás (PCGO), André Ganga, lembrou que o simples ato de soltar fogos de artifício não é considerado crime. “Os presos estão sendo autuados por serem simpatizantes, enquadrando em apologia ao crime. Outros foram autuados por posse ilegal de arma de fogo e porte de entorpecentes”, afirmou. “Começamos a monitorar, em tempo real, essa situação ainda na madrugada, justamente para que não acontecesse em Goiás o mesmo que aconteceu em outros estados. Aqui não vai ser aceito enaltecer criminosos”, finalizou.
Apreensões
O Corpo de Bombeiros e o Procon Goiás também integraram as ações de repressão e monitoramento. As equipes realizaram uma operação de fiscalização de empresas que comercializam fogos de artifício em vários municípios de Goiás. “Hoje, aproximadamente 30 empresas foram fiscalizadas em Goiânia, Trindade, Senador Canedo e Anápolis”, revelou o secretário Renato Brum.
Ele informou também que durante a ação, quase 4 mil fogos de artifício foram apreendidos por armazenamento e comercialização irregulares. “O problema não é soltar o foguete ou comercializar o produto, mas vender de maneira errada e equivocada. Só no dia de hoje foram apreendidos cerca de 4 mil fogos de artifício, e esse trabalho continua”, concluiu.
Foto: Isabel Oliveira/SSP
Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás
