
Há dores que não se explicam. Existem diagnósticos que chegam como uma tempestade em meio a um dia calmo, trazendo medo, incerteza e silêncio. Quando o câncer bate à porta, não é apenas o corpo que sente — é a alma que se vê diante de uma batalha que nunca imaginou travar.
Mas é preciso compreender: a doença não nos torna especiais, nem diferentes. Ela apenas nos lembra, com firmeza e delicadeza, de que somos humanos — frágeis, finitos e dependentes de algo maior que nós. O câncer não escolhe rostos, nem histórias. Ele apenas chega. E, mesmo assim, Deus continua no controle de tudo.
Entre lágrimas e exames, entre dias bons e dias de cansaço, há uma fé silenciosa que insiste em permanecer. É a certeza de que, mesmo nas horas mais sombrias, há um propósito escondido no meio da dor. O milagre nem sempre é a cura física — às vezes, é a força para continuar, o amor que se renova em cada gesto, o abraço que conforta, a paz que vem quando tudo parece se perder.
Sim, há tristeza, há lamento, há medo. Mas há também esperança. E essa esperança é o fio invisível que nos liga a Deus, que sustenta o coração quando o corpo já não aguenta.
Porque, no fim, tudo está — e sempre esteve — nas mãos d’Ele.
Alan Ribeiro – seu melhor amigo!