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Bom domingo!

João Crisóstomo escreveu que a misericórdia de Deus é como uma chuva mansa que cai sobre a terra ressecada do coração humano — e, onde essa chuva toca, a vida floresce novamente. O salmista compreendia isso: sem essa chuva do alto, a alma se torna árida, e até o maior esforço humano se desfaz em esterilidade.

Por isso ele clama: “Baixem sobre mim as tuas misericórdias.” É o grito de quem aguarda o amanhecer depois de uma longa noite. Só a compaixão divina é capaz de reacender a chama que o pecado, o desgaste e as dores da vida insistem em apagar.

Mas o pedido do salmista vai além de simplesmente viver. Ele quer viver para o prazer da lei do Senhor. Para ele, a Palavra não é peso, obrigação ou fardo — é alegria, é fonte, é encontro. É no caminho da lei divina que o coração encontra o seu verdadeiro lugar.

E então nos perguntamos:

Quantas vezes pedimos vida, mas esquecemos de pedir misericórdia?

Quantas vezes buscamos apenas sobreviver, e não viver para Deus?

A verdadeira vida — a vida movida pelo Espírito — brota quando a misericórdia do Senhor desce sobre nós e nos ensina a amar aquilo que Ele ama.

Que hoje o nosso clamor seja o mesmo do salmista:

“Senhor, derrama sobre mim as tuas misericórdias.
Reaviva o que em mim se perdeu.
Que eu não apenas exista, mas viva — e viva em Ti.”

Oremos:

Senhor, fonte inesgotável de compaixão,
faz chover sobre mim as tuas misericórdias.
Renova o meu interior, como o orvalho renova os campos ao amanhecer.
Coloca em meu coração prazer na tua Palavra,
e ensina-me a viver não segundo o mundo,
mas segundo a tua vontade.

Amém.

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