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Existem encontros que não se explicam pela razão, porque não pertencem ao relógio, nem à pressa dos dias. São encontros de almas. E esses, meu amigo, não têm idade para acontecer. Sabe por quê? Porque quem controla o Kairós – o tempo perfeito de Deus – é Ele mesmo. Nós, com nossa limitação, mal conseguimos lidar com o Chronos, esse tempo que foge das nossas mãos.

Mas o encontro de almas não se prende à cronologia. Ele chega quando tem que chegar. Chega no meio da estrada, depois de muitas esperas, ou até mesmo quando já não se acreditava mais. E, quando acontece, é como se a vida ganhasse novo fôlego, como se algo dentro de nós dissesse: “era você que faltava”.

Um encontro assim é profundo, é além da pele, além da aparência. É um olhar que reconhece antes mesmo de conhecer. É sentir que a conversa flui, que o silêncio conforta, que a presença aquece. É perceber que o coração encontra repouso em outro coração, como quem descobre um lar.

E tudo isso só é possível porque Deus, no Seu amor, escreve histórias que os homens não podem apagar. Ele entrelaça caminhos, responde orações escondidas e mostra, no Seu tempo, que o impossível para nós é apenas mais um detalhe no Kairós d’Ele.

Por isso, quando um encontro de almas acontece, celebre! Não questione o porquê da demora nem os caminhos que se cruzaram tarde. Apenas viva, com entusiasmo e gratidão, o presente que o Senhor entregou. Porque se veio no Kairós, veio para florescer.

E no final, a lição é clara: não estamos à mercê da sorte. Estamos guardados nas mãos do Deus que transforma cada encontro em eternidade.

Alan Ribeiro – porque algumas palavras precisam ser sentidas e não apenas lidas.

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