
Brasília — Em decisão histórica e surpreendente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) decretou na tarde desta segunda-feira a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. A medida foi tomada após Bolsonaro descumprir as medidas cautelares impostas no dia 17/7, quando ele determinou o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente, além da proibição do uso de redes sociais diretamente ou por intermédio de terceiros, segundo o Ministro Alexandre de Morais.
A decisão determina que Bolsonaro cumpra prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, proibido de se ausentar de sua residência sem autorização judicial, e impedido de manter contato com investigados no mesmo inquérito.
A notícia provocou uma reação imediata no cenário político e dividiu opiniões entre apoiadores e críticos do ex-presidente. Grupos favoráveis à medida destacam a importância do cumprimento da lei, independentemente do cargo que já tenha ocupado, enquanto aliados de Bolsonaro classificaram a decisão como “perseguição política”.
A defesa do ex-presidente ainda não se pronunciou oficialmente, mas fontes próximas indicam que os advogados devem recorrer da decisão já nas próximas horas.
Bolsonaro, que governou o país entre 2019 e 2022, é alvo de diversos inquéritos no STF, incluindo investigações sobre supostas tentativas de golpe institucional, ataques ao sistema eleitoral e uso indevido da estrutura do Estado.
Com a decretação da prisão domiciliar, o Brasil entra em um novo e delicado capítulo da sua história política recente, colocando novamente em evidência os limites entre a política e a Justiça.
Mais informações a qualquer momento nesta edição extraordinária.