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Em um mundo que tanto aplaude os impulsos ousados e os gestos grandiosos, é preciso resgatar o valor da coragem comedida — aquela que não grita, mas age com sabedoria; que não se impõe, mas se afirma com firmeza serena.

Ter coragem não é apenas subir no alto da montanha e desafiar os ventos. Às vezes, é permanecer no chão quando todos se lançam sem pensar. Coragem comedida é aquela que pondera antes de agir, que pesa as consequências antes de falar, que enfrenta os desafios sem perder o senso, o equilíbrio e a empatia.

É fácil confundir coragem com imprudência, audácia com precipitação. Mas a verdadeira bravura está em quem sabe o tempo de recuar, o momento de silenciar, o instante de esperar. É essa coragem equilibrada que constrói pontes, evita conflitos desnecessários e transforma situações com inteligência emocional.

A coragem comedida está no pai que diz “não” com amor, na mãe que enfrenta a madrugada ao lado de um filho doente, no trabalhador que segue firme diante das incertezas, no jovem que escolhe o certo mesmo quando o errado parece mais fácil.

Ela não busca aplausos, mas resultados. Não vive de aparências, mas de verdades silenciosas. E, acima de tudo, é a coragem dos sábios, dos humildes e dos que entendem que força de verdade não é a que explode, mas a que permanece.

Que em nossos dias, nossas decisões e nossas relações, prevaleça essa coragem que não precisa ser barulhenta para ser poderosa.


Alan Ribeiro
Editor do Blog do Alan – Palavras que inspiram e fortalecem.

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