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Em meio à correria dos dias, muitas vezes nos perdemos entre o que é urgente e o que é cotidiano. Urgente é aquilo que grita. É o problema que bate à porta sem aviso, é o prazo que vence amanhã, é a dor que não pode esperar. O urgente exige ação imediata, e por isso, costuma nos tirar do eixo, nos fazer correr, decidir, reagir.

O cotidiano, por outro lado, é silencioso. É o café da manhã compartilhado, o bom-dia trocado com os vizinhos, a rotina de trabalho, os gestos simples de cuidado com quem amamos. São essas pequenas repetições que constroem quem somos — mesmo que, muitas vezes, passem despercebidas.

Vivemos pressionados pelas urgências, e às vezes deixamos o cotidiano escorrer pelas mãos, como se fosse menos importante. Mas a verdade é que, na balança da vida, o cotidiano tem um peso enorme. É nele que mora o amor, o caráter, a paciência e a constância. O urgente pode nos salvar no momento, mas é o cotidiano que nos sustenta a longo prazo.

Saber distinguir um do outro é uma arte. É preciso aprender a responder ao que é urgente sem abandonar o que é essencial. Porque no fim, a vida é feita mais de dias comuns do que de grandes crises. E quem aprende a valorizar o cotidiano, vive com mais paz, mesmo quando o urgente aparece.

Portanto, cuide do que é urgente, mas nunca deixe de regar o que é cotidiano. É na rotina bem vivida que floresce o que realmente importa.

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