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Líder emedebista afirma que ex-governador tenta apagar fracassos do passado e se apropriar dos avanços da atual administração após sofrer duas derrotas para o Senado

O secretário estadual de Infraestrutura, Adib Elias (MDB), reagiu com firmeza às críticas feitas pelo ex-governador Marconi Perillo (PSDB) à atual administração estadual e à composição política em torno do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Em entrevista ao podcast Giro 360 de O Popular, Perillo questionou avanços do governo e insinuou que parte dos resultados positivos seriam herança de gestões tucanas. Para Adib, a fala tem um objetivo claro: tentar recolocar Marconi no cenário político goiano após duas derrotas consecutivas ao Senado, em 2018 e 2022.

Adib acusou o ex-governador de tentar reescrever a história e apagar o que chamou de “colapso administrativo” deixado pelos tucanos após duas décadas de poder. O líder emedebista defendeu os avanços da atual gestão na área de segurança, citando a queda de 55% nos homicídios e o fim dos roubos a bancos nos últimos seis anos. “Isso não é sorte nem coincidência. É fruto de investimentos, planejamento e valorização dos profissionais. Foram R$ 17 bilhões investidos. Quem ignorou por anos a segurança pública agora quer posar de pai do resultado? No mínimo, desonesto,” alfinetou.

“A segurança pública estava em ruínas no final do governo Marconi. Tivemos a morte de um prefeito em plena campanha eleitoral, presídios dominados por facções e fugas em série. A então presidente do CNJ, ministra Cármen Lúcia, sequer conseguiu entrar em presídios goianos para fazer inspeção. Essa era a realidade que nós herdamos”, afirmou, lembrando o episódio de 2016 em que o então candidato a prefeito de Itumbiara Zé Gomes foi morto e José Eliton, então vice-governador, baleado.

Sobre a acusação de que o governo atual adota práticas absolutistas ao atrair prefeitos e lideranças políticas, Adib rebateu: “Absolutismo era o que existia antes, quando o PSDB loteava cargos em troca de apoio político. O que temos hoje é um governo que investe nos 246 municípios sem olhar sigla partidária. Os prefeitos não são cooptados — eles vêm porque recebem obras e respeito.”

Em relação à Saúde, Adib afirmou que os avanços são inegáveis e contrastam com o cenário herdado. “Antes, leitos de UTI existiam apenas em Goiânia, Aparecida e Anápolis. Hoje estão presentes em todo o estado. Falar em insatisfação é desconhecer ou distorcer a realidade”, disse o secretário de Infraestrutura ao afirmar que Goiás saltou de cerca de 270 leitos de UTI em 2018, para mais de 900 em 2024.

O secretário traçou ainda uma linha entre o passado e o presente da política goiana: “Quem quiser se colocar contra um projeto que está dando certo, que o faça. Agora, o confronto vai ser bom quando se mostrar a diferença entre os 20 anos de PSDB com apenas esses seis anos e pouco do governador Ronaldo Caiado, que tem sido falado não só em Goiás, mas no Brasil, com a possibilidade de disputar uma presidência da República”, finalizou.

Ex-deputado estadual e ex-prefeito de Catalão, Adib é uma das principais lideranças do MDB em Goiás — partido hoje presidido pelo vice-governador Daniel Vilela, sucessor natural de Caiado na disputa pelo governo em 2026.

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