Vice-governador reuniu-se com executivos da Aclara Resources, empresa que irá investir R$ 2,8 bilhões na extração de “terras raras” em Nova Roma
O vice-governador Daniel Vilela reafirmou, nesta quarta-feira (22/1), a disposição e o comprometimento do Governo Estadual em viabilizar projetos – a maioria relacionados à infraestrutura – que acelerem a instalação, em Nova Roma, no Nordeste goiano, da mineradora Aclara Resources. A empresa irá explorar “terras raras” – nome dado a um grupo de 17 elementos químicos encontrados em minerais de difícil extração e que é utilizado em energia eólica e na produção de veículos elétricos, entre outros fins, e achado em poucos países, como China e Austrália.
“Trata-se de um dos maiores investimentos destinados a Goiás por uma multinacional. São R$ 2,8 bilhões. Algo que irá impactar fortemente o desenvolvimento socioeconômico de Nova Roma e daquela região como um todo”, destacou o vice-governador em entrevista ao final de reunião com o vice-presidente José Augusto Palma; com o novo diretor-geral da empresa no Brasil, o goianiense Murilo Nagato; e com secretários de estado. O encontro, realizado no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, foi aberto pelo governador Ronaldo Caiado.
“Temos feito uma discussão bem abrangente com os representantes da Aclara Resources porque ambos os lados terão que destinar recursos para aumentar a oferta de serviços básicos à população de Nova Roma. O número médio de três mil habitantes deve dobrar por conta da chegada de pessoas interessadas em trabalhar na construção da planta industrial e, posteriormente, na própria mineradora”, explicou Daniel Vilela.
Como a expectativa oficial é de que sejam gerados 5,7 mil empregos diretos e indiretos. “Nosso governo não vai medir esforços para transformar e melhorar a qualidade de vida dos goianos que vivem naquela região”, afirmou o vice-governador.
O empreendimento da Aclara Resources – cuja matriz fica no Peru – deve ser construído dentro de dois anos – possivelmente a partir de março de 2026 – período em que começa a geração de empregos. A partir daí a produção deve ter início em 62 meses. O Protocolo de Intenções entre a empresa e o Governo Estadual foi assinado em agosto de 2024, em solenidade que contou com a presença do vice-governador.
Daniel enfatizou que este modelo de mineração é “inovador”, sem gerar “praticamente nada” de rejeitos químicos e sem uso de explosivos. Também não há criação de barragem de rejeitos e a água utilizada é tratada com índice equivalente a 95% de reaproveitamento. “Graças à chegada desta mineradora em Goiás, o Brasil pode se firmar como o maior exportador de ‘terras raras’ fora da Ásia”, sentenciou.
Colaborador
Ainda na reunião, o vice-governador inseriu seu chefe de Gabinete, Pedro Chaves, no Grupo de Trabalho ligado ao empreendimento. Pedro é natural de São Domingos, um município vizinho à Nova Roma – a 570 quilômetros de Goiânia -, e profundo conhecedor do Nordeste goiano, região pela qual atuou ao longo de cinco mandatos na Câmara Federal.
Fotos: André Costa
Vice-Governadoria – Governo de Goiás