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No livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 17, versículos 24 e 25, encontramos uma passagem que ressoa com profundidade teológica e implicações sobre a relação entre Deus e a humanidade. Nesta passagem, o apóstolo Paulo, ao falar aos gregos em Atenas, destaca a transcendência e a suficiência de Deus em contraste com as práticas religiosas humanas.
A primeira declaração crucial é que “Deus que fez o mundo e tudo o que nele há”. Aqui, Paulo apresenta Deus como o Criador supremo, aquele que não só iniciou a existência do cosmos, mas também é soberano sobre tudo o que ele contém. Essa afirmação estabelece a base para entender a relação entre o Criador e sua criação.
Em seguida, Paulo proclama que Deus é “Senhor do céu e da terra”. Essa expressão ressalta a autoridade divina sobre todas as esferas da existência, tanto celestial quanto terrena. Nada escapa ao governo e à providência de Deus, pois ele reina sobre todo o cosmos.
A declaração subsequente de Paulo desafia concepções limitadas de divindade ao afirmar que Deus “não habita em templos feitos por mãos de homens”. Aqui, Paulo está confrontando a ideia de que a presença divina pode ser confinada a estruturas físicas construídas pelos seres humanos. Em vez disso, ele está apontando para a transcendência de Deus, sua natureza além das limitações do espaço e do tempo.
Paulo continua, enfatizando que Deus “não é servido por mãos humanas, como se necessitasse de alguma coisa”. Essa afirmação desafia a noção de que as práticas religiosas podem de alguma forma suprir as necessidades de Deus. Pelo contrário, Deus é completamente independente e auto-suficiente, não dependendo da adoração humana para sua plenitude ou satisfação.
Por fim, Paulo declara que é Deus “quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas”. Essa afirmação encapsula a essência da relação entre o Criador e suas criaturas: Deus é o doador de vida, o sustentador de todas as coisas, e a fonte de todo o bem.
Em resumo, a passagem de Atos 17:24-25 nos convida a contemplar a grandeza e a transcendência de Deus, reconhecendo sua soberania sobre toda a criação e sua independência em relação às práticas religiosas humanas. Ao mesmo tempo, nos desafia a reconhecer nossa dependência total de Deus como o doador e sustentador da vida. Essas reflexões têm implicações profundas para nossa compreensão de adoração, serviço e relacionamento com o divino.
Shalom! Shalom!