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VASSIL OLIVEIRA

O vice Daniel Vilela (MDB) tem com o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) o espaço e o protagonismo que o vice anterior, Lincoln Tejota (União Brasil), não teve. Cada lado e seus aliados devem ter lá suas razões para isso. Fico com a visão objetiva de que Daniel é um vice já com agenda e tratamento de candidato. Aliás, de governador, como já se ouve muito entre os observadores da política goiana.

Qual o problema disso? Nenhum. Mérito de Daniel, que abre espaço para o seu projeto com aval, ao que parece, de Caiado. De certa forma, o governador lucra politicamente muito com isso. Bem avaliado, com os dias contados (na ansiedade eleitoral que se vive) para o fim de seu governo (sem reeleição), e com tantos pretensos candidatos ao governo sonhando com seu apoio ou mesmo temendo seu “arrocha, Goiás!”, ele flutua.

Daniel pode não estar ocupando espaços dentro do governo, mas com a perspectiva de poder que exala e a ação pragmática de fortalecimento do MDB no interior, ele não faz barba e bigode mais (o tempo é de imagem séria e altiva), mas faz sua parte. Sobra para os outros lutar por uma vaga na chapa majoritária e desejar que no meio do caminho ele tropece.

Sobre a torcida pelo tropeço, uma questão interessante: Um consenso de bastidores é que o Daniel que se vê hoje não é o Daniel que se via antes, menos maleável. De saída, este Daniel candidato está ganhando do Daniel anterior. Sem entrar no mérito dessas avaliações, o fato é que isso é ótimo para ele. Por ora, seu maior adversário convém ser ele mesmo, porém no curso que está, não haverá adversário.

Daniel candidato faz de Caiado um candidato a candidato a presidente da República maior que de si mesmo, porque tem Goiás sem oposição e com olhos em outra sucessão. Ele tem tempo de sobra até para governar.

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