A comprovação deve ser feita até 16 de junho pela internet no sistema da Agrodefesa; 119 municípios são considerados de alto risco para a doença
O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) lembra aos pecuaristas goianos que o prazo de vacinação contra a raiva dos herbívoros termina na quarta-feira (31/05). A medida é obrigatória em 119 municípios considerados de alto risco para a doença, abrangendo bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equídeos (equinos, muares e asininos) de todas as idades.
O presidente da Agência, José Ricardo Caixeta, ressalta que a campanha avança sem nenhuma intercorrência. A oferta de vacinas está normal em todas as regiões do Estado. “Nossos dados mostram que os pecuaristas atenderam ao nosso chamado. Eles estão vacinando e também apresentando as declarações”, comemora Caixeta. A meta é vacinar 15 milhões de animais contra a raiva em Goiás.
Medidas legais
Os produtores que deixarem de vacinar bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equídeos contra a raiva no prazo estabelecido para a campanha serão penalizados com multa de R$ 7,00 por animal não vacinado (qualquer espécie). Aqueles que não declararem o rebanho e a vacinação incorrerão em multa de R$ 300,00 por propriedade. As declarações devem ser feitas sempre em meio eletrônico via Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago), que pode ser acessado no site http://www.agrodefesa.go.gov.br
Os criadores que ainda não declararam a vacinação e rebanho permanecem bloqueados no Sidago para emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA), exceto para a finalidade de abate até 31 de maio. Após essa data, a propriedade inadimplente ficará bloqueada até a regularização da situação. Portanto, para não ter problemas com a movimentação dos animais, a recomendação é não deixar a vacinação e a declaração para última hora.
Novo status sanitário
A declaração de rebanho é uma das medidas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como condição para dar continuidade ao processo de reconhecimento de Goiás como zona livre de febre aftosa sem vacinação, novo status sanitário que deverá ser reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Vale lembrar que a vacina foi retirada este ano após Goiás cumprir as medidas zoossanitárias estabelecidas pelo Mapa nos últimos anos no âmbito do Planejamento Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA).
O gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Antônio do Amaral Leal, explica que a Agência monitora em tempo real por meio do Sidago as propriedades que não declararam os rebanhos nos 246 municípios goianos e também a vacinação contra raiva nos 119 municípios de alto risco. Além disso, fiscaliza as revendas de vacinas antirrábicas para garantia da cadeia do frio (manutenção dos insumos biológicos entre 2ºC e 8ºC), o trânsito de animais e a vacinação assistida em propriedades de produtores inadimplentes.
Fotos: Agrodefesa
Agência Goiana de Defesa Agropecuária – Governo de Goiás