Um estudo realizado pelo Instituto Mauro Borges e reproduzido agora no Portal do Alan revela dados de uma situação que pouca gente tem conhecimento.
Trata-se do percentual de jovens que não estão estudando e não estão trabalhando. Os intitulados, não de forma pejorativa, “nem-nem”.
Em Goiás, no final de 2022, conforme o referido estudo, o percentual de jovens nessa condição era de 18,3%. Apesar de o indicador estar em queda, é um número significativo.
Entre as 27 unidades da federação, Goiás aparece no ranking como o oitavo estado com menor percentual de jovens “nem-nem”.
Mas, independente de números, pois o que temos aí retratado nessa pesquisa é uma condição de vida de jovens goianos, é nós pensarmos e refletirmos sobre as causas do problema, para que soluções sejam buscadas.
Mais do que isso, a pesquisa enfatiza a necessidade de que os entes governamentais- municípios, estados e União- lancem um olhar mais aprofundado nas políticas públicas voltadas aos jovens, em especial, visando a redução da evasão escolar e o acesso ao emprego, ao mercado de trabalho.
Todos sabem que há um curso de envelhecimento da população, porquanto as famílias, hoje, são menores que antigamente.
Consequentemente, há uma redução da força produtiva jovem. Assim, não se pode ter uma margem grande de jovens que estão à margem da educação e à margem do trabalho.
A estatística é um ponto de partida importante e, até, serve de alerta para que as autoridades tenham foco nessa questão.
Não podemos, apenas, ficar no discurso que os jovens são a geração do futuro. Mas é preciso dar a eles, sobretudo, àqueles com menor oportunidade e em situações de vulnerabilidade, para que eles conquistem espaços, possam ter acesso ao ensino e ao emprego.
É preciso que está juventude saia da mesmice e como os seus pais busquem um lugar ao sol, sejam dinâmicos, eficentes, trabalhadores, cientes de suas responsabilidades, pois muito mais que a geração do amanhã os jovens são e devem ter essa consciência que são a geração do agora. Pois depois será tarde.