O governador goiano falou à Rádio Gaúcha, voltou a defender a democracia e a responsabilização de todos que praticaram crimes nos atentados realizados em Brasília. Caiado foi taxativo em indicar o diálogo como única forma de pacificação do país.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, do Grupo RBS, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), voltou a condenar os atos golpistas realizados em Brasília no último domingo (08/01) por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, e afirmou que a pacificação do país depende exclusivamente da capacidade de diálogo a ser estabelecida, principalmente, pelo governo federal.
Para Caiado, é preciso aplicar a lei, punir os responsáveis, mas, acima de tudo, buscar o entendimento através do diálogo para que os ânimos sejam serenados e, aí sim, condições políticas sejam construídas no sentido de restabelecer a paz e a normalidade política no país.
“Sou uma pessoa que gosta de história política, e entendo que a pacificação, em casos como esse, só pode ser construída se o líder, se a representação política tiver estatura para tal, do contrário, às vezes, pode descambar para um lado ruim. Mas, se o governante realmente tem conhecimento da sua responsabilidade e sabe que não governa apenas para uma parte do seu povo, mas para todos, ele vai buscar um ponto de concórdia, construir pontes, no sentido de abrir o diálogo, porque isso é fundamental”, avaliou.
O governador goiano voltou a defender a rigorosa apuração dos fatos e a punição dos culpados pelos atentados terroristas em Brasília, e lembrou, mais uma vez, que não se pode admitir a generalização e a criminalização do setor rural como sendo o responsável pelos atos antidemocráticos, o que, na sua visão, não se sustenta.
“Essa tese, realmente não podemos admitir, de querer jogar toda responsabilidade sob as costas de um setor que é hoje o mais produtivo, o mais eficiente e com melhor capacidade de solucionar as crises que o Brasil já passou todos esses anos. O governo federal precisa, neste momento, tomar as medidas que devem ser tomadas, punir quem deve ser punido, mas buscar o diálogo o mais rápido possível com todos os segmentos e se colocar para promover o debate”, pontuou.