
Entrevista a Welliton Carlos
Em entrevista ao DM, o governador Ronaldo Caiado recordou a campanha eleitoral de 1989. Reforçou que era o único que respeitava e se interessava pelos temas da direita: defesa do setor produtivo, agronegócio e amor aos valores da pátria. A seguir, trechos da entrevista.
DM – Senhor lembra de detalhes daquela campanha?
Ronaldo Caiado – Lembro exatamente daquele momento: fui o único candidato que, com aqueles cheques, teve coragem e denunciou o PT, que já praticava o Mensalão. Mostrei os cheques da Lubeca ao Lula. E disse: “Lula, o meu cavalo come nos meus pastos”. Mas ele comia nos pastos da Lubeca.
DM – Qual diferença de uma campanha em 1989 e na atualidade?
Ronaldo Caiado – Naquela época não tinha marqueteiro. Você não tinha nenhuma legislação que você vê hoje. Cada um por si. Eram 22 candidatos. Lógico, quem tinha a simpatia da mídia tinha maior capacidade de divulgar.
DM – Tinha claro candidato de esquerda e direita?
Ronaldo Caiado – Agora, de 22 candidatos naquele momento, fui o único, tá certo, que teve coragem de defender o setor produtivo primário, a agropecuária, direito de propriedade e economia de mercado. Único…o único. Todos eram socializantes. O único que seguia o oposto era Ronaldo Caiado.
DM – Existia alguma perseguição a quem se colocava contra esse grupo?
Ronaldo Caiado – Existia, com certeza. E eu era o patinho feio. Ou seja, ninguém acreditava que pudesse ter um candidato representando todas essas ideias que acabei de dizer. Naquele momento, tá certo, nós eramos quase que demonizados.
DM – Muitos candidatos se dizem de direita agora…
Ronaldo Caiado – Quando vejo hoje uns falsos ou recém convertidos querendo me dar aula, causa estranheza, pois quando estávamos em dificuldade, era exatamente Ronaldo Caiado que estava lá em 1986, pela UDR, e 1989 como candidato a presidente da República.